É MUITO BOM QUE VOCÊ SEJA AGRADÁVEL, TODAVIA, A PARTIR DO MOMENTO QUE ISSO SIGNIFICA ANULAR SEUS SONHOS E SUAS VONTADES MAIS LEGÍTIMAS EM VIRTUDE DE SATISFAZER AS NECESSIDADES DOS OUTROS, CUMPRIR COM OBRIGAÇÕES QUE NÃO SÃO SUAS E SE TORNAR UM SER HUMANO INFELIZ, SIGNIFICA QUE HÁ ALGO DE ERRADO ACONTECENDO COM VOCÊ!
A síndrome da salvadora não é uma doença, mas sim um aspecto da personalidade que se caracteriza por um comportamento no qual as pessoas são fissuradas por resolver os problemas alheios e negligenciam os cuidados com elas mesmas, deixando de lado problemas e situações cotidianas que só dependem delas resolverem.
Muitas das vezes as pessoas que sofrem com esse tipo de síndrome acreditam que possuem uma capacidade inata para salvar as pessoas dos problemas por elas enfrentados e que elas (as salvadoras) conhecem as ferramentas necessárias para livrar os indivíduos dos infortúnios por eles vividos.
Essas pessoas acabam se intrometendo na vida alheia e dando conselhos não solicitados, o que faz com que amigos e parentes se afastem delas porque o fato delas se envolverem na vida deles gera incômodo e a percepção de que elas se acham superiores. No final das contas, as "salvadoras" acabam prejudicando a elas mesmas porque ficam sobrecarregadas com problemas alheios e sem tempo para cuidarem de sua própria vida e, igualmente, prejudica também aos outros, que passam a pensar que se um terceiro está resolvendo os problemas deles é por que eles são seres inferiores e fracassados. O resultado disso é que a rejeição é ampliada e a salvadora, mesmo redobrando os seus esforços, se sente cada vez mais frustrada e isolada socialmente.
A síndrome da salvadora pode ter sido gerada por comportamentos aprendidos na infância ou por situações vividas na vida adulta e que a fizeram acreditar que se ela não agradasse aos outros e fizesse tudo para ajudá-los que ela não seria aceita, amada e respeitada. Ao contrário do que ela pensa, o fato dela colocar os outros em primeiro lugar é suficiente para que as pessoas percebam que ela não tem amor próprio, isso se torna um campo fértil não somente para a rejeição, mas também para todo tipo de relação abusiva.
O primeiro passo para vencer a síndrome da salvadora é reservar um tempo consigo mesma, para avaliar seus comportamentos, como tem sido seus relacionamentos interpessoais e o quanto você tem se abstraído de viver sua própria vida para viver a vida alheia. É preciso se perguntar o que está por trás dessa necessidade de se sentir responsável por tudo e por todos e do que se tenta fugir ao se ocupar daquilo que não lhe diz respeito.
É preciso investigar se o que você faz é mesmo uma necessidade ou se a própria pessoa daria conta de resolver aquilo sem você. Ao mesmo tempo, se faz imprescindível enxergar que na maior parte das vezes as pessoas precisam aprender a tomar decisões e se responsabilizar por consequências, que elas podem cuidar de si mesmas e que empatia nada tem a ver com assumir responsabilidades que não são suas.
Ás vezes é preciso compreender que você é útil não simplesmente porque está o tempo inteiro ocupada com tarefas e problemas alheios, você é útil simplesmente por está se dedicando a cumprir seu propósito de vida. Mudar a percepção a respeito de si mesma e reconhecer o seu valor e conseqüentemente mudar seus comportamentos e se posicionar muitas das vezes é suficiente para que muitas das suas relações melhorem.
Do mesmo modo, você não precisa ter medo de não se envolver nos problemas dos outros por estar cuidando da sua vida e achar que isso pode desagradar alguém. Se a pessoa se sentir insatisfeita, está tudo bem; o seu dever é cuidar da sua vida. Isso não quer dizer que você é uma pessoa má e egoísta (afinal de contas, deixar de ser a salvadora não significa que você deixará de ser solidária a quem realmente necessita de uma ajuda material ou emocional), isso apenas significa que você sabe que seu propósito de vida não é se intrometer nos problemas dos outros e que sabe que doar-se aos outros exige limite e reciprocidade.
A reciprocidade na verdade é algo desconhecido por quem sofre da síndrome da salvadora, essa pessoa acaba assumindo o controle de tudo e de todos, algumas vezes sem perceber ela começa a se responsabilizar por cuidar de todos os problemas ao redor dela. Numa relação familiar, por exemplo, ela não costuma compartilhar tarefas com os filhos e com o parceiro e ás vezes se sente na obrigação de pagar lanches e passeios quando sai com amigos e namorados. A salvadora não aprendeu a receber afetos e nem agrados, sempre que receba ela se sente na obrigação de retribuí-los. Nesse sentido, a salvadora precisa se reeducar nas suas relações afetivas e ampliar seu amor próprio para sentir-se digna de receber.
Há pessoas que superam a síndrome da salvadora através da busca constante de autoconhecimento e alterando seus padrões comportamentais, outras, por sua vez, precisam de ajuda religiosa ou profissional (recorrendo a psicólogos ou terapeutas). Fato é que, por mais desafiador que seja buscar ajuda, nada te fará sofrer tanto quanto permanecer nessa mesma posição de salvadora.
Assim sendo, é preciso ter coragem para deixar de ser a salvadora e a partir do momento que você der o primeiro passo e focar mais em você, o caminho se tornará mais fácil de ser trilhado. Nesse caminho, as vezes você terá que deixar pessoas, lugares e coisas, mas acredite, é melhor caminhar sozinha e buscar novos rumos do que permanecer da forma como você está. Lembre-se que a síndrome da salvadora indica que você assumiu um papel disfuncional em uma relação e que a tendência é o fracasso dessa relação e o seu próprio fracasso (isso vale tanto para homens quantos para mulheres que possuem esse padrão de comportamento).
LEMBRE-SE QUE NO FINAL DE SUA VIDA VOCÊ SE COBRARÁ POR NÃO TER SIDO A PESSOA QUE VOCÊ DEVERIA TER SIDO E NÃO ACALENTARÁ O SEU CORAÇÃO A JUSTIFICATIVA DE QUE ESTAVA VIVENDO A VIDA DOS OUTROS.
VOCÊ É UM SER HUMANO ÚNICO E QUE PASSOU POR UMA SELEÇÃO NATURAL RIGOROSA, VOCÊ TEM O DEVER DE VIVER A SUA PRÓPRIA VIDA!
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QUE DEUS A ABENÇOE E QUE VOCÊ POSSA SE CONHECER MELHOR E RECUPERAR O CONTROLE DE SUA PRÓPRIA VIDA!
"Descubra seu propósito de vida e não sossegue até cumpri-lo! Pessoas curadas sonham mais alto".
Por: Tânia B. Teodoro
