sábado, 29 de maio de 2010

DESASTRE AMBIENTAL: VAZAMENTO DE PETRÓLEO NO GOLFO DO MÉXICO



O dia 20 de Abril de 2010 de certo marcará o maior desastre ecológico de todos os tempos, quando a plataforma de extraçao de petróleo Deepwater Horizon, da empresa BP, explodiu no Golfo do México, matando 11 trabalhadores, e ferindo 17. 

A plataforma de águas profundas operava a 1.500 metros baixo do nível do mar, cerca de três vezes menos que a profundidade do nosso pré-sal, e a apenas 60 quilômetros da costa do Estado de Louisianna. 



A Guarda Nacional do Estados Unidos estima o vazamento em 5.000 barris (159 litros) diários de petróleo, embora vozes discordantes, baseadas no vídeo do local, divulgado somente em 13 de maio, ceriam queb possa ser até 12 vezes maior. 

A enorme mancha de óleo segue na direção do Delta do Rio Mississippi, e pequenas quantidades de óleo haviam alcançado a costa dos Estados de Louisiana, Alabama e Mississippi em 3 de maio. 



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Cerca de 800 mil litros diários de petróleo jorram por dia no mar desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon. 


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Helicópteros da Guarda Nacional dos Estados Unidos jogam sacos de areia sobre uma praia a oeste da Grand Isle, Louisiana, numa tentativa de proteger os delicados pantanais da mancha de petróleo que se aproxima.


Há 13 mil funcionários da BP, governo e outras empresas envolvidos nos trabalhos de contenção e nas tentativas de fazer cessar o vazamento. Desde o começo da resposta ao incidente, 120 voos para despejar dispersantes foram realizados até agora, e 97 mil barris, segundo a BP, foram recuperados.


O comprimento total de bóias de barreira jogadas ao mar para tentar impedir o óleo de chegar à costa é, até agora, de 1,2 milhão de pés, mais 400.000 pés de reserva para uso imediato. 


O custo das operações,até 13 maio, atingiu US $450 milhões, e dado o tempo estimado para a resolução do problema – até 80 dias -, irá muito além dessa cifra, especialmente contado-se os danos ambientais. 
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O vazamento está provocando uma catástrofe ambiental na costa sul dos EUA, além de graves prejuízos a setores como pesca e turismo. Por causa do acidente, o presidente Barack Obama decidiu rever os planos para autorizar mais projetos de prospecção petrolífera no golfo do México.
O óleo mais pesado continua por enquanto afastado da costa, perto do local do vazamento. Mas o delta do Mississippi e as baías de Breton e Chandeleur estão ameaçadas nos próximos dias, segundo as autoridades.
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O presidente americano classificou nesta quinta o vazamento como o maior da história do país, superando em mais de duas vezes o do petroleiro Exxon Valdez, em 1989, que derramou 41 milhões de litros de petróleo no Alaska.


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Mais de 600 espécies animais estão ameaçadas pela expansão da mancha de óleo no Golfo do México. Segundo o departamento de Vida Silvestre e Pesca da Louisiana, estão afetadas 445 espécies de peixes, 134 de pássaros, 45 de mamíferos e 32 de répteis e anfíbios.


Entre os pássaros o maior temor está relacionado à sobrevivência do pelicano marrom. 
O biólogo Robert Lover explicou que a ave emblemática choca seus ovos nas ilhas litorâneas e pode estar ingerindo pescado contaminado com o óleo.
Ameaças similares enfrentam diversas espécies de pássaros, entre elas as andorinhas  reais.
No caso de anfíbios e répteis, a tartaruga marinha Kemp Ridley, uma espécie já por si só em risco de extinção, vê-se especialmente ameaçada, uma vez que a mancha interrompeu sua migração na época da desova. Também estão ameaçados caimãs, rãs e serpentes do mar.
Os mamíferos marinhos em perigo incluem o golfinho nariz de garrafa, o peixe-boi e baleias, mas também animais terrestres, como coiotes e raposas, que poderiam estar com seu hábitat contaminado.
Numerosas espécies de peixes e crustáceos da região, que conta com importante indústria pesqueira, também se veem ameaçadas, como o atum vermelho (Bluefin), o pargo vermelho, caranguejos, camarões e ostras.
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Imagine-se o pré-sal, aqui, em profundidade muito maior, a 300 km da costa, e o custo de um eventual acidente semelhante.Aí, cabe a pergunta, na hora de pôr a mão no bolso: os royalties servem para compensar as perdas, mas os Estados iriam arcar com as inestimáveis despesas? Seria muito prudente o governo criar um substancioso fundo de contingência para uma eventualidade semelhante .


Na verdade, a tamanha distância da costa, não se pode falar em Estados, mas em águas territoriais brasileiras, e ponto.



INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS EM:

PRIMEIRA EDIÇÃO - http://www.primeiraedicao.com.br/?pag=meio_ambiente&cod=1525 


G1 - JORNAL NACIONAL (O Globo) - http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/05/bp-anuncia-primeiro-progresso-contra-vazamento-no-golfo-do-mexico.html 

TERRA NOTÍCIAS: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4441843-EI294,00-Mais+de+especies+animais+ameacadas+por+mancha+de+oleo+no+Golfo+do+Mexico.html 

TODAS AS IMAGENS CONTIDAS NESSA POSTAGEM PERTENCE A BOSTON.COM:
http://www.boston.com/bigpicture/2010/05/oil_reaches_louisiana_shores.html

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“Como professor, não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância, se não supero permanentemente a minha”. Paulo Freire
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