sábado, 13 de março de 2010

DENTRO DAS METAS DO DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO, O MUNDO TÊM DEIXADO ATRASAR MAIS AQUELAS QUE ESTÃO RELACIONADAS ÀS MULHERES*



"Apesar de o mundo ter registrado importantes avanços nos oito ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), algumas metas ligadas a melhoria das vidas das mulheres estão mais longe de serem cumpridas".* Isso prejudica a própria evolução nos ODM, pois a evolução das condições femininas é fundamental para que os indicadores socioeconômicos continuem a progredir.


“Dentre os Objetivos do Milênio, aquele que busca melhorar a saúde materna, é que teve menos progresso. Isso por si mesmo fala demais sobre a baixa prioridade dada às mulheres em muitas sociedades”.



Todo ano, mais de meio milhão de mulheres morrem de complicações ligadas a gestação ou parto — ou seja, uma por minuto. A grande maioria (99%) desses óbitos ocorrem nos países em desenvolvimento, metade da África Subsaariana.



Outra das metas que estão especialmente atrasadas diz respeito ao número de mulheres em vagas nos parlamentos. Embora a Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres (Conferência de Pequim, 1955) tenha estipulado uma meta de 30% de cadeiras preenchidas por deputadas ou senadoras, atualmente apenas 18% das legisladoras são do sexo feminino, segundo dados apresentados pela executiva do PNUD. “No ritmo de progresso atual, levaria mais 40 anos para atingir a paridade de gênero nos parlamentos nacionais”.



“É um direito humano básico das mulheres desfrutar completa igualdade jurídica e igualdade de oportunidade. Além disso, toda sociedade será mais pobre se falharmos em garantir todo o potencial de metade de nossa população”.



Cumprir as metas ligadas a equidade de gênero é importante para que haja melhoria também nos outros Objetivos do Milênio.


Melhorar a escolaridade das meninas, por exemplo, trará benefícios importantes no futuro, “já que a educação da mãe é uma variável importante para a educação e as oportunidades das crianças”. Além disso, há impacto positivo também na mortalidade infantil e materna, na nutrição das crianças, na economia, na proteção contra Aids, abusos e explorações.



“As inter-relações entre os ODM significam que pôr a autonomia das mulheres nos planos nacionais e priorizar as necessidades das mulheres pode transformar a evolução do desenvolvimento. Os desafios mundiais do início do século 21 tornam urgente que se faça isso.”


Declarações da administradora internacional do PNUD, Helen Clark, em discurso na Conferência Internacional para Liderança das Mulheres, em Londres - 04/03/2010.  (As informações acima foram publicadas no PNUD/Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 08/03/2010). Acesse: 
http://www.pnud.org.br/cidadania/reportagens/index.php?id01=3425&lay=cid

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“Como professor, não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância, se não supero permanentemente a minha”. Paulo Freire
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