HOJE SE COMPLETAM OS 50 ANOS DO RENATO RUSSO...
RENATO QUE SE ETERNIZOU DENTRO DAS NOSSAS MÚSICAS...
RENATO QUE TRANSCENDEU ESSE TEMPO QUE PARA NÓS É TÃO FUGAZ...
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Fonte: http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=54028&mdl=49 RENATO RUSSO ( de 27 de março de 1960 a ...)
Renato Russo não foi apenas um vocalista de uma banda de rock, ele foi e sempre será um ídolo de milhões de pessoas que até hoje, mesmo depois da morte do cantor, engrandecem sua música.
Renato Manfredini Júnior (Renato Russo) nasceu no dia 27 de março de 1960 na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Aos quatro anos, ganhou um disco dos Beatles, que era uma de suas bandas preferidas, ao lado de Rolling Stones, Sex Pistols e The Clash.
Aos sete anos, ele foi para os Estados Unidos (Nova Iorque), por causa de uma tranferência de seu pai (funcionário do Banco do Brasil). Nos E.U.A Renato aprendeu a falar inglês. Aos onze anos, uma nova tranferência de seu pai o levou até Brasília, uma cidade importantíssima em sua história.
Por volta de 1975, surgiu o movimento punk nos Estados Unidos, que se caracterizava por um rock simples, de poucos acordes, sem muitos solos de guitarras, características do heavy metal.
Em Brasília, após se recuperar de uma doença que o deixou quase dois anos acamado, Renato Russo descobriu esse movimento Punk.
E foi numa das festas organizadas por uma turma que gostava do punk, que Renato Russo conheceu André Pretorius, com quem decidiu formar uma banda.
Com Renato no vocal e no baixo, André na guitarra e Fé Lemos (Capital Inicial) na bateria, formou-se o Aborto Elétrico, primeira banda de Renato Russo. Foi nessa época que várias músicas do repertório do Legião Urbana e do Capital Inicial foram criadas, como "Que País é este" (Legião Urbana) e "Veraneio Vascaína" (Capital Inicial).
Depois de várias formações, o Aborto Elétrico se desfez por causa da música Química, feita por Renato. Quando Renato mostrou a música para Fé, este disse que a música era horrível e teria dito para Renato que este perdera a habilidade para fazer músicas.
Após se separar do Aborto Elétrico, Renato Russo decidiu fazer 'solo'; nos shows Renato utilizava apenas um violão de 12 cordas, intitulando-se de “O Trovador Solitário”. Nessa época, nasceram músicas com um estilo mais folk, como Faroeste Caboclo, Eduardo e Mônica, Dado Viciado, Música Urbana 2, entre outras.
Cansado de tocar sozinho, Renato Russo convidou Marcelo Bonfá para formar uma banda. O nome escolhido foi LEGIÃO URBANA. Com Renato nos vocal e no baixo e Marcelo na bateria, era necessário, então, encontrar um guitarrista.
Assim, Eduardo Paraná, um conceituado guitarrista de Brasília, foi convidado por Renato para entrar na banda e juntamente entrou para a "Legião" o tecladista Paulo Paulista. Porém, estes dois rapidamente sairam da banda, já que o estilo deles era muito pesado e isso incomodava Renato e Bonfá.
Após esse fato, Ico Ouro-Preto foi convidado para ser o guitarrista e conseguiu um melhor resultado, mas acabou saindo da banda após um mês. Dizia a lenda que ele morria de medo dos palcos.
Após quase desistir, Bonfá e Renato decidiram convidar Dado Villa-Lobos, sobrinho neto de Heitor Villa-Lobos, para assumir o posto de guitarrista da banda. Com o trio formado, a banda precisava de novas músicas, já eles tinham alguns shows marcados. "Legião" resolveu, então, tocar hardcore, música fácil, com energia contagiante e de poucos acordes. Desse tempo, surgem Petróleo do Futuro, Teorema e Perdidos no Espaço, entre outras.
Nessa mesma época, os Paralamas do Sucesso estavam fazendo muito sucesso e Bi Ribeiro (baixista dessa banda e ex-aluno de inglês de Renato) conseguiu uma oportunidade para o Legião: gravar um disco pela EMI _ uma conceituada gravadora (por meio deste fato, Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá sempre consideraram os Paralamas como seus padrinhos).
Tudo estava indo bem, até que Renato Russo tentou suicídio depois de uma briga com a gravadora por causa dos arranjos na música Geração Coca-Cola. Ele cortou os próprios pulsos ficando incapacitado de tocar baixo. Com isso, a gravadora colocou Renato Rocha (Negrete) no baixo, deixando Renato apenas no vocal.
Imagem disponível em: http://radio.legionaria.vilabol.uol.com.br/inicio.htm
Em janeiro de 1985 foi lançado o disco “Legião Urbana”. A EMI estava receosa quanto ao sucesso do grupo, porém, após seis meses de congelamento (graças ao Rock In Rio, que o Legião não participou) o disco começou a chamar atenção; Músicas como "Será", "Ainda é Cedo" e "Geração Coca-Cola" geraram grandes níveis de audiência. "Será" foi eleita por uma revista como a melhor música, Legião Urbana foi considerada a melhor banda e Renato o melhor cantor do ano.
Esse sucesso levou a banda ao estúdio novamente, dessa vez para gravar o disco “Dois”, que deveria ser duplo e se chamar “Mitologia e Intuição”. Mas, receosa, a EMI se recusa a laçar um disco duplo para a banda, já que a considerava muito "nova".
O disco "dois" tornou-se rapidamente um grande sucesso e é considerado por muitos um dos melhores discos de rock nacional da história da música brasileira. Músicas como "Tempo Perdido", "Índios", "Metrópole" e "Quase Sem Querer" se tornaram grandes hits. Mas, o maior sucesso desse disco e um dos maiores sucessos da Legião, foi "Eduardo e Mônica", uma música que conta a história de dois jovens que se apaixonam apesar dos estilos de vida diferentes.
Porém, com o sucesso, também, vieram alguns problemas; em dezembro de 1986, num show em Brasília, um quebra-quebra provocou a morte de uma menina deixou vinte pessoas feridas. Esse fato foi relevante para a banda de fizesse poucos shows (o que passou a ser uma característica da mesma).
No final de 1987, foi lançado o disco “Que País é Este 1978/1987”, que trouxe várias músicas da época do Aborto Elétrico e acentuou o estilo da "Legião Urbana".
Músicas como "Que País é Este", "Eu Sei" e "Angra dos Reis" fizeram bastante sucesso. Porém, a música que mais se destacou nesse disco foi "Faroeste Caboclo". Uma música de nove minutos, que conta a história de João de Santo Cristo, personagem que está associado ao povo brasileiro. Essa música, certamente, foi a de maior sucesso do Legião Urbana ("Faroeste Cabloco" foi composta por Renato Russo durante duas tardes e é, atualmente, uma espécie de hino da Legião Urbana).
Tempos depois, novamente num show em Brasília, no estádio Mané Garrincha, uma organização pífia fez centenas de feridos e provocou três mortes. Um louco chegou a subir no palco e agarrar Renato Russo. O show foi interrompido e o que se via era uma imensa confusão no público. Renato Rocha e Marcelo Bonfá choravam no camarim e Renato Russo gritava: “Não vim aqui para dar show para animais”.
Este fato foi muito marcante na história da banda, e esta, depois desse dia, nunca mais fez shows em Brasília, e diminuiu ainda mais a quantidade de shows a serem realizados.
Logo depois, Renato Rocha saiu da banda, já que não conseguia cumprir os compromissos com ensaios.
Em 1989, foi lançado o disco histórico: “As Quatro Estações”. Todas as músicas ("Há Tempos", "Pais e Filhos", "Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto", "Eu Era um Lobisomem Juvenil", "1965 - Duas Tribos", "Monte Castelo", "Maurício", "Meninos e Meninas", "Sete Cidades" e "Se Fiquei Esperando o Meu Amor Passar") fizeram sucesso.
Esse disco ("As quatro estações") foi o disco record da banda, pois teve quase 2 milhões de cópias vendidas. Dentre as músicas acima "Pais e Filhos" foi a que fez mais sucesso.
Em 1990, ocorre uma grande mudança na banda. Renato Russo assumiu publicamente ser homossexual e revelou, também, ser portador do vírus da AIDS. Nessa época Renato Russo conheceu a maior paixão de sua vida, o americano Scott, que alguns acreditam ter contribuído para que o Renato se viciasse em vicia em heroína.
Com Renato afundado no vício, em dezembro de 1991 foi lançado o mais belo disco do Legião Urbana: “V” mostra todas essas mudanças na vida de Renato, com músicas falando de drogas como "Teatro dos Vampiros" e "O Mundo anda tão Complicado".
Outras duas músicas desse disco merecem destacadas: a primeira é "Metal Contra As Nuvens", uma belíssima música de onze minutos que mostra um Renato Russo mais poeta. A outra é "Vento no Litoral", uma das mais belas músicas da Legião Urbana e que foi o maior sucesso deste disco (essa música foi feita para Scott, quando esse voltou para sua terra natal).
Dizem que Renato Russo estava tão afundado no vício, que, durante a turnê desse disco "V", quando o Legião estava na Região Nordeste, alguns shows tiveram que ser desmarcados.
Em 1992, foi lançado o disco duplo “Música Para Acampamentos”, com músicas do Legião tocadas ao vivo, algumas acústicas, alguns covers internacionais e apenas uma música inédita: "A Canção do Senhor da Guerra".
Em 1993, Renato Russo se internou numa clínica e se livrou dos vícios. Essa mudança pôde ser notada no disco “O Descobrimento do Brasil”, que falava de esperança e é sem dúvida, o disco mais alegre da Legião. Músicas como "Vinte e Nove" e "Vamos Fazer um filme" se tornaram grandes hits.
Em 1994 o Legião resolveu dar um tempo. Com isso, Renato Russo lançou, nesse mesmo ano, o seu primeiro disco solo, o “The Stonewall Celebretion Concert”, um disco totalmente em inglês. The Stonewall era um bar nos Estados Unidos onde aconteceu um levante gay em 1970. Esse álbum continha músicas de Madonna, Bob Dylan, entre outros.
Em 1995, foi lançado o disco “Equilíbrio Distante”, que trazia músicas em italiano. Desse disco foram implacados sucessos como "Strani Amori", "La Solitudine" e "La Forza Della Vita". Segundo o próprio Renato, o disco "Equilíbrio distante" foi feito em homenagem à sua família, de origem italiana.
1996 foi um ano muito triste. A partir de janeiro, o Legião começou as gravações de seu novo álbum. Junto com isso, começam as complicações emocionais de Renato, algumas dessas apresentadas em determinadas músicas do álbum “A Tempestade” ou “O Livro dos Dias” (lançado em setembro de 1996).
Este disco é o mais triste da Legião e emplacou sucessos como "Dezesseis" e "A Via Láctea", em que Renato Russo praticamente se despede dos fãs. Fraco e com 20 quilos abaixo do peso, Renato faleceu em 11 de outubro de 1996, de complicações da AIDS. Esse dia foi um dos mais tristes da história da música nacional.
Dez dias depois da morte de Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá anunciaram o fim do Legião Urbana.
Em 1997, foram lançados dois discos póstumos: “O Último Solo” é um disco solo de Renato com sobras dos outros cds. “Uma Outra Estação”, do Legião, é um disco de sobras de “A Tempestade” (que deveria ter sido um disco duplo, mas a proposta foi rejeitada pela EMI) e engloba outras músicas que deveriam ter feito parte de “Dois” ("As Flores do Mal" e "Antes Das Seis" foram, desses discos, as músicas que fizeram mais sucesso).
Em 1998, foi lançado “Mais do Mesmo”, uma coletânea com os maiores sucessos da Legião Urbana.
Em 1999, foi lançado o “Acústico MTV”, gravado em 1992 para divulgar o disco “V”.
"Hoje a Noite Não Tem Luar" (cover do Grupo Menudo) se tornou um grande sucesso.
Depois disso, além de diversas coletâneas das músicas feitas por Renato, foram lançadas “Como é Que se diz eu te amo” (de 2001) e “As Quatro Estações-Ao Vivo”, (de 2004). Estes são discos têm formato duplo e registram a Legião Urbana ao vivo, mostrando, também, os grandes dircursos que Renato Russo fazia no palco.
"Enfim, esta é a história do maior nome do rock nacional e da maior banda de rock nacional, que sem dúvida, vão ficar para sempre em nossos corações".
A autoria do texto acima pertence a: Leandro de Mattos Colares e é de responsabilidade do mesmo. Texto disponível em: http://whiplash.net/materias/biografias/038862-renatorusso.html
Os ajustes (gramáticos) feitos no textos foram apenas para facilitar a compreensão do mesmo e não modificaram o sentido do mesmo.
Atenciosamente: Tânia B. Teodoro
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