No imaginário popular é muito comum a associação dos quilombos a algo
restrito ao passado, que teria desaparecido do país com o fim da escravidão.
Mas a verdade é que as chamadas comunidades remanescentes de quilombos
existem em praticamente todos os estados brasileiros. Levantamento da
Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura, mapeou 3.524 dessas
comunidades. De acordo com outras fontes, o número total de comunidades
remanescentes de quilombos pode chegar a cinco mil.
Este mapa pertence ao "Núcleo de Estudos Étnico-Raciais": http://www.oseias.org/pesquisa/modules/myalbum/photo.php?lid=4&cid=4
Tradicionalmente, os quilombos eram das regiões de grande concentração de escravos, afastados dos centros urbanos e em locais de difícil acesso. Embrenhados nas matas, selvas ou montanhas, esses núcleos se transformaram em aldeias, dedicando-se à economia de subsistência e às vezes ao comércio, alguns tendo mesmo prosperado. No entanto, devido justamente ao seu isolamento, existe uma grande dificuldade em se obter informações precisas e tornar amplo o conhecimento da população sobre as comunidades remanescentes de quilombos. Esse isolamento fazia parte de uma estratégia que garantiu a sobrevivência de grupos organizados com tradições e relações territoriais próprias, formando, em suas especificidades, uma identidade étnica e cultural que deve ser respeitada e preservada.
O mais emblemático dos quilombos formados no período colonial foi o Quilombo dos Palmares, que localizava-se na serra da Barriga, região hoje pertencente ao estado de Alagoas. Palmares resistiu por mais de um século, e o seu mito transformou-se em moderno símbolo brasileiro da resistência do africano à escravatura.
(...)
A garantia do acesso à terra, relacionada à identidade étnica como condição essencial para a preservação dessas comunidades, tornou-se uma forma de compensar a injustiça histórica cometida contra a população negra no Brasil, aliando dignidade social à preservação do patrimônio material e imaterial brasileiro. Alterar as condições de vida nas comunidades remanescentes de quilombos por meio da regularização da posse da terra, do estímulo ao desenvolvimento sustentável e o apoio as suas associações representativas são objetivos estratégicos.
Texto disponível em: http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/copy_of_acoes/
Quer ler e aprender mais sobre os quilombos? Acesse:
1) QUILOMBOS NO BRASIL E A SINGULARIDADE DE PALMARES - Maria de Lourdes Siqueira http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/quilombos-no-brasil.pdf
2) OS QUILOMBOS NO BRASIL: QUESTÕES CONCEITUAIS E NORMATIVAS - Ilka Boaventura Leite
3) Revista QUILOMBOS HOJE http://ombudspe.org.br/brasilquilombola/wp-content/uploads/2008/01/quilombos_hoje.pdf
4) COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO - COMUNIDADES QUILOMBOLAS
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