domingo, 18 de abril de 2010

O GOLPE DAS LIGAÇÕES POR CELULAR






Tenho recebido frequentemente em meu celular toques com um número desconhecido (8812-4082) cujo o DDD é (034). Ontem, quando resolvi atender uma chamada desse número, o rapaz do outro lado da linha se identificou como Guilherme e senti que ele estava tentando disfarçar a voz. Ele procurava por uma tal de "Eliane", informei a ele que o número que ele discou nunca pertenceu a essa pessoa, mesmo assim as ligações continuaram.



Esse homem tem ligado para o meu celular várias vezes ao dia, o que me faz pensar que ele não tem "muito o que fazer".
Conversei com uma colega minha e ela me disse que havia visto em uma reportagem que alguns detentos que tinham a posse do telefone celular dentro das penitenciárias (o que sabemos que certas vezes acontece) ficavam  discando para vários números até conseguir encontrar um número que estivesse ativo.
 Comecei a achar estranho _ e de certa forma perigosa essas ligações . 
Armazenei o número de telefone desconhecido em meu celular e nomeei essa pessoa de "Gaspar" (uma alusão ao desenho do Gasparzinho _  o fantasminha camarada)  para que eu pudesse não atender mais esse tipo de chamada e pesquisei em alguns sites a respeito disso.
A informação abaixo foi disponibilizada pela Globo e um dos lugares onde a polícia tem recebido muitas denúncias é do município de Uberlândia/MG, coincidentemente o DDD é o 034. 
Não consegui encontrar nenhuma informação acerca de como as pessoas que passam por esse infortúnio devem proceder. 
Porém, é preciso ficarmos atentos ao receber ligações de números desconhecidos e não devemos nunca fornecer informações pessoais por telefone, ao menos que tenhamos certeza da confiabilidade da pessoa do outro lado da linha.
Da mesma forma que pode ter alguém honesto te ligando, a ligação pode ser de um extelionatório ou qualquer outro criminoso disposto a prejudicar sua vida e a vida da sua família.
Se receber ligações suspeitas, principalmente se estas estiverem relacionadas a seqüestro, tente mandar a calma e a racionalidade e entre urgentemente em contato com a polícia (seja discreto nas suas atitudes durante esse procedimento).
Vale lembrar, que não devemos passar número de telefone para pessoas que não conhecemos e não devemos divulgá-lo na internet ou em outro espaço público, ao menos que isso não venha a interferir na nossa segurança. Tânia B. Teodoro 


O golpe das ligações por celular


A pergunta que não quer calar é simples: se todo mundo sabe de ontem partem as ligações, como é que os presídios não conseguem impedir que os celulares cheguem às mãos dos bandidos?
Ligações telefônicas dos presídios do Rio de Janeiro para o Brasil inteiro.
Bandido: É um seqüestro, seu filho está comigo. Eu quero saber da senhora: a senhora quer negociar ou quer que eu mate seu filho?
Senhora: Olha só, olha só, pára de brincadeira.
Os presos telefonam para pessoas que sequer conhecem e ameaçam
Bandido: Se desligar o telefone eu mato seu filho, queimo ele todinho, corto ele todo.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o Ministério Público tem recebido de quatro a cinco queixas por dia. Foram quase mil ligações em apenas três meses. Os golpistas ligaram ao mesmo tempo para uma moça e o pai dela, que estavam em lugares diferentes.
“Foi um golpe muito bem planejado. As duas ligações feitas ao mesmo tempo, sempre mantendo a linha ocupada para a gente não ter como entrar em contato um com o outro”, disse a moça.
No Rio de Janeiro, complexo de presídios de Bangu, partem muitos telefonemas ameaçadores. São quase 13 mil presos e 20 presídios. Apenas quatro têm bloqueadores de telefone celular.
Em Sorocaba, interior de São Paulo, nos últimos meses, mais de 400 pessoas já sofreram ameaças.
Bandido: Isso é um seqüestro-relâmpago. Se a senhora desligar o telefone ou envolver a polícia eu vou executar os dois agora, a tiros. Eu "tô" pedindo R$ 20 mil pra liberar os dois agora, com vida.
Senhora: Eu não tenho, filho, pelo amor de Deus.
Com a ajuda de policiais do Rio, agentes da Delegacia Anti-Seqüestro de Sorocaba descobriram o local de onde partiam os telefonemas: uma penitenciária em Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro.
De madrugada, os policiais chegam à cela onde agia a quadrilha. Foi tudo filmado pelos próprios agentes. As provas do crime vão surgindo: três celulares, dois carregadores, e também drogas: maconha e crack. Oito presos vão ser processados por extorsão, formação de quadrilha e tráfico.
“No momento em que a equipe se preparava para entrar, uma outra equipe que monitorava em São Paulo nos informou que estavam sendo feitas as ligações, que eles estavam utilizando o aparelho, que as extorsões seguiam. Portanto, nós sabíamos que eles estavam utilizando dentro do presídio naquele momento”, disse o delegado Wilson Negrão.
“A identificação desses presos ela requer um trabalho de paciência porque nós passamos horas ouvindo gravações, ouvindo vozes, tentando identificar esses presos”, explica a promotora Valéria Videira Costa.
Depois de milhares de golpes aplicados nos últimos anos, a pergunta que não quer calar: afinal, por que tantos presídios do Rio continuam sem bloqueadores de telefone celular?
“A dificuldade passa também um pouco pela parte financeira, em todos os campos. O poder publico ele atravessa dificuldades, e a Secretaria de Administração Penitenciária não é diferente dos demais segmentos”, justifica César Rubens Carvalho, coordenador de segurança de presídios de Bangu.
Enquanto o dinheiro e as providências não chegam...
“O coração dispara, logo depois dá uma tremedeira, que realmente a gente fica muito nervosa”, relata uma senhora. 

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“Como professor, não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância, se não supero permanentemente a minha”. Paulo Freire
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